segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

E o coração aperta..

Mas porque ele aperta? Porque as vezes sentimos aquela angustia estranha dentro do peito? Porque queremos sempre estar feliz? Porque temos que ter um sexto sentido que nos deixa ruim quando sentimos que tem algo de errado?
Eu queria entender um dia como o coração sente, como ele é, como são os sentimentos. Queria entender como é uma vez na vida ser um coração. Como é amar lá de dentro, como é sentir saudade, como é ficar triste, como deve ser odiar, desejar e ser desejado, como deve ser essa angustia dentro de mim. Mas isso tudo, lá de dentro.
Como deve ser a vida vista dentro de um corpo? Como deve ser a vida vista por dentro de nós e não só pelos olhos?
Curioso, não?

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Egoísmo pra si próprio poder afetar quem nos ama.

Eu estava sentado na varanda de casa. Sentindo o vento sobre a pele, o ar calmo, o barulho das folhas que rolavam no chão, e olhando aquelas arvores com a cor laranja por causa da estação do outono.
Ainda sentindo meu coração sendo esmagado por eu mesmo, não estava em animo de me levantar, ou muito menos treinar. O que eu queria era ficar ali, sentado, vendo a vida passar facilmente, e sem precisar fazer nada. Não queria mais continuar nessa vida sem emoção, sem aventura, só comigo mesmo. Só com o meu egoísmo, o meu desespero. Eu só tinha a mim próprio no mundo. Mais ninguém, e o que eu queria era ter tudo. Sabendo das minhas atitudes infantis, eu era obrigado a enfrentar as conseqüências sozinho. Conseqüências de uma luta, uma luta por vingança. Eu tinha derrotado com o maior prazer, com o maior gosto de sangue na boca aquele desgraçado, um dos maiores mestres da China. E por causa de uma luta, e uma atitude mortal, eu fiz um ser humano forte e invencível se tornar alguém frágil. E agora, morto.
Mas nem é por isso que eu aqui sozinho. Eu estou sofrendo comigo mesmo por causa dessa luta. Que quando o mestre Kim caiu morto ao chão eu achei ter vencido ele. Mas ele tirou de mim a coisa mais preciosa que eu mantinha. Já morto o infeliz conseguiu traçar uma linha de vingança por mim que seu sobrinho, depois de ter visto o tio morto em praça pública, quis se vingar matando a minha família. Quem nem imaginará que eu estava lutando, quem não tinha nada a ver com o assunto. Quem nunca pensou que pudesse morrer por causa de uma luta. De vingança.
Agora, eu não queria lutar mais, não tinha mais animo pra isso, não queria viver mais, pois quem me mantinha vivo, morrerá sem mesmo eu dizer um adeus. Morreram como condenadas, morreram como se a culpa daquela forte fosse elas que tivessem projetado. Mas elas estavam passando por algo que não tinha seu nome no meio. Mesquinharias minhas. Coisas imbecis que fiz de cabeça quente. E agora? Lutar adiantaria? Chorar adiantaria? Ter mais vingança pela família do outro adiantaria? Não. Pois nada me traria elas de volta. Nada. O meu próprio orgulho tinha me condenado agora a viver sozinho. Sem mais ninguém para amar, sem ninguém mais por perto. Agora eu passo meus dias e noites sentado na frente de casa, na varando. Olhando pro céu estrelado a noite, procurando as duas estrelas mais brilhantes do céu, olhando pro céu durante o dia, procurando ventos que as tragam como fantasmas de volta pra mim.  Esperando por algum momento, que a morte chegue sozinha para me levar aonde quer que elas estejam.

Texto dedicado ao mestre de artes marciais Huo Yuanjia.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Só um pouco de afeto.

Deitada no colo dela, estávamos as duas na minha cama. Ela estava sentada, com as pernas esticadas para que minha cabeça ficasse confortavel no seu colo. As mãos pareciam duas maquinas que se mexiam sem parar no meu cabelo, os dedos eram compridos e finos. Já eu, estava deitada ali, encolhida feito uma bolinha, tentando fazer o máximo para não me mexer, e fazer a dor que eu sentia diminuir um pouco. Meu rosto estava inchado de tanto chorar, meus cabelos estavam atirados para o lado, formando ondas, que faziam nós nos seus dedos. Minhas pernas estavam encolhidas para esmagar meu coração. Minha cabeça não tinha um pensamento fixo, e meus pulsos estavam enrrolados para não ter perigo de eu me machucar mais ainda. Mas uma dor física não pode ser comparada a uma dor sentimental.
O que eu tinha feito? Eu tinha abandonado quem mais me amava. E agora, eu só queria um pouco de afeto, um colo amigo, uma risada gostosa, uma piada engraçada e palavras amigas.  Eu queria um carinho, um abraço, algo que fizesse eu me sentir melhor, com que aquela culpa saísse de mim. Mas era difícil, nem mesmo uma amiga como ela conseguia fazer eu me sentir melhor com tudo aquilo.
Agora e pro resto da eternidade eu queria ficar ali, abraçada nela, sentindo que ninguém me deixaria como já haviam me deixado.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Um dia, eu ainda saio daqui.

E um dia eu ainda vou sair daqui, eu ainda saio desse bairro que só me inferniza, eu ainda vou sair dessa cidade que está mais parecido com um subúrbio, eu ainda vou sair desse estado que não cresce, eu ainda vou sair desse país que não evolui, eu ainda vou sair desse planeta pra viver no espaço flutuando junto com meus pensamentos.
Eu ainda vou sair desse universo pra viver em paz.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Esqueça que eu jamais te esquecerei

É do jeito que tem que ser
Eu sinceramente não sei mais o que fazer. Tenho vontade de sumir, de nunca ter nascido, as coisas acontecem de um modo tão rápido que nem podemos aproveitar.
Eu sei que errei, e errei em te amar. Não devia ter feito o que eu fiz, mas fiz, mesmo sabendo do final, queria voltar atrás e desejar que nunca tivesse acontecido.
O meu céu que sempre foi azul e sem nenhuma nuvem, hoje está nublado e chovendo.  A noite que sempre foi estrelada, está sumindo. E tudo está ficando escuro de mais.
Tô cansada de passar por isso, não é a primeira vez, e eu não quero mais isso, vou sumir pra algum lugar distante, perdida por aí. Mas o problema nem é isso. O problema é que só consigo ficar bem com você do meu lado, como se eu necessitasse disso. E eu sei que no fundo não preciso, mas como mentir pro coração?
Pensar em desistir, pode ser covardia, e é. Eu garanto. Mas fazer o que se já perdemos todas as forças para continuar?
Posso parecer sempre tão bem, tão viva, tão alegre, mas isso é só porque ninguém é capaz de me desvendar, e saber o que realmente sinto, por dentro.
Talvez a solidão seja a melhor opção. Mas sempre precisamos de um amigo pra deitar no colo e chorar. Querendo sentir só a presença de alguém ali do lado.
Estou arrependida de um dia ter te amado.
Desculpe.
Esqueça de que um dia te amei de verdade.

19:44m.

A pedidos do Thiago Fracassi.

Apaixone-se

"Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada.
Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.
Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava.
Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.
Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.
Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.
Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.

Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar


As pessoas que vencem neste mundo são as que procuram as circunstâncias de que precisam e, quando não as encontram, as criam. A vida é feita de escolha e muitas vezes trata-se de uma escolha de atitude."


JOHN LENON

domingo, 20 de fevereiro de 2011

E o que importa mais?

E o que importa agora tudo isso? Pra que tanta coisa assim? Pra que nao enfrentar a realidade de uma vez e deixar a vida rolar? Porque querer inventar histórias mesquinhas e fazer teatrinhos idiotas?
Crescer é o verbo mais adequado. Ta na hora das pessoas serem feliz, rir por vontade e não para fazer graça, pensar em si, e não nos outros, fazer pessoas sorrirem contigo e não de ti. Fazer bem pra todos, independente do que, ou de quem. Deus deu o dom de perdoar, e quem ama, perdoa, quem ama não traí, quem ama quer ser amado acima de tudo.  Se eu escolhesse quem iria amar, se eu escolhesse quem fosse me fazer feliz, não seria com ninguém a não ser comigo mesma. Talvez com alguém a mais, só para poder ter afeto. Mas nada de mais. Mas não foi eu quem escolheu tudo isso. Eu não estava lá quando Ele fez a mulher da costela do homem, para que ambos pudessem ser iguais, e não um acima do outro, e que se amassem pois um tinha no corpo uma pedaço de alguém, e esse alguém tinha um pedaço perdido em outro corpo.
O nosso destino é saber procurar quem foi que nos deu uma parte, e devolve-lá amando.
Amar e ser amado, é o desejo de qualquer um. E todos uma vez se quer na vida, ja amaram os errados, e de fato, acharam que estavam amando o certo. Mas ninguém tem culpa disso.  A gente só cai na ficha quando ve que esse que estamos amando, não nos ama também, e está ali só pra nos fazer sofrer.

Bom isso foi só mais um desabafo, ultimamente os posts tem sido mais textos pra reflexão.
Tá na hora de cada um amar, e ser amado. Com quem? Ninguém sabe. Mas fazer o que ?
Que graça teria a vida se soubéssemos quem iríamos amar, com quem casaríamos, com quem seriamos felizes? Existe graça alguma nisso saber tudo o que vai acontecer?
Se não fosse tantos desafios, as pessoas nunca lutariam pelos seus sonhos, e esperariam sentada por ele.
Não vejo graça nenhuma nisso.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Futuro

Nada é como a gente quer, nada é como queremos realmente. E quando vemos, o nosso presente foi mudado pelo passado, e terá conseqüências no futuro.
Mas as pessoas só pensam em si mesmas. Elas não querem ver a felicidade das outras, elas querem pensar em como seria"tal coisa"e como seria"aquilo". Mas não pensam no AGORA. Não pensam que o que estão fazendo agora, muda tudo. Nada se conquista fácil, e as vezes temos de escolher entre uma e outra coisa. Escolhemos o que? Aquilo que nos fará bem no futuro. Mas gente, e o agora? E o amanhã? E o daqui a pouco? Temos que viver e ser feliz a cada segundo. Temos que viver como se não houvesse nada além. Temos que ser feliz hoje. Pois o amanhã pode ser muito mais triste do que imaginamos, e se esperarmos pra ser feliz em um momento que isso não acontecerá? Como esperar uma coisa que não sabemos o que é? Como querer ser feliz em uma época que não sabemos se seremos felizes? O destino não é nem um pouco agradável, e nem faz questão disso. Temos que lutar pelo o que queremos, e pensar cada vez mais na nossa felicidade. Não é deixar os outros de lado, e fazer alguém sofrer, é ser feliz, só isso.
Independente de quem, do que e de quando.
Estamos longe da perfeição. E não é esquecendo o passado e querendo escrever um novo que isso mudará. É saber olhar para trás e dizer:
EU FUI FELIZ NESSA ÉPOCA.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A fita - Continuação.

....Quando abri os olhos, a primeira coisa em que me preocupei em prestar a atenção era na tevê. Ela estava azul, a fita tinha chegado ao seu fim. Coloquei as mãos em minha cabeça, para ver se ela parava de girar e eu conseguir raciocinar. Eu não acreditava que tinha visto aquele rosto. 
Sim. Era verdade. Tudo o que eu tinha visto era real. A guria que estava deitada no chão inconsciente era eu. O garoto que foi morto na minha frente era ele. Mesmo eu nao lembrando de momento algum daquela cena, a unica coisa que sabia era que quando fiquei consciente naquele lugar, ele estava sob meu braço, e estava morto. E eu nao podia fazer nada a respeito.
Apenas deitei do lado daquela estatua e dormi, desejando que alguém me matassem também. 

A fita.

Coloquei a fita do aparelho e apertei play. Puxei uma almofada para bem perto da teve, e me sentei nela. Não aparecia nada no vídeo, a tela estava preta. Ate que vozes surgiram:
‘’ - Cuidado com ela;
   -NÃO! Ela não, ele sim. Traz um pano para amarrar na boca.
   -Por favor, eu não quero que ela veja isto!’’ 
A imagem de repente ficou clara. Havia uma guria deitada no chão inconsciente, um guri estava do seu lado em pé. Fazendo gestos, para alguém não chegar perto. Vozes surgiram novamente:
‘’-Por favor, se vocês vão fazer isso mesmo, peço que não acorde ela.
 -CALA A BOCA! É CLARO QUE EU NÃO VOU ACORDAR ELA! Eu sempre fiz de tudo para ela perceber que todos os dias eu cuidava a vida dela, sempre estive perto para se algo acontecesse, mas daí, você estava sempre com ela, sempre cuidou dela, nunca deixou  sair se você não estivesse junto! Mas agora você não vai mais estar aqui, agora você não vai ter como acompanha – lá. Eu vou cuida - lá, assim ela vai perceber que você nunca foi tão importante assim. ‘’ 
Um estouro rápido aconteceu, e uma coisa caiu. Uma coisa grande e provavelmente de peso. Foi quando consegui ver o rosto de todos que estavam ali. E a coisa que caiu no chão.
Minhas pernas começaram a tremer mesmo estando sentada no chão, meu coração acelerou, minha cabeça girava, e meus olhos embaçaram, as lagrimas tomaram conta deles. A dor no coração foi forte, e ele foi diminuindo, retorcendo - se ate ficar minúsculo ao seu máximo. A raiva e o ódio me dominaram, e eu desmaiei............. NA CONTINUAÇÃO...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

E nos sonhos, eu vejo o meu futuro.

Na escuridão daquela sala, eu fiquei sentada no canto mais frio e sem ar.  Meus dedos estavam dormentes, acho que a ultima vez que eu vira a luz do sol, foi antes de tudo acontecer e isso faz talvez uns 23 anos. Meu estomago já não suplicava mais por comida, havia se acostumado com o vazio. Assim como eu. Que tinha se acostumado a não sentir mais outro coração bater alem do meu, não ouvir outra pulsação alem da minha.
Eu estava encolhida, abraçando minhas pernas, o que era o único modo de me aquecer naquele lugar. Minha cabeça não se movia a muito tempo, estava na mesma posição desde que entrei na sala.
Não se tinha vento. Não se tinha ar. Não se tinha vida.
Tinha-se apenas eu, que permaneceria ali por muito mais tempo. Não sabia quando era dia, quando era noite. Dormia quando dava vontade.
Só sabia-se que eu estava condenada a ficar o resto de minha existência ali dentro. Na sala escura e fria.
Eu sentia cada vez mais meus ossos ficando frágeis. Cuidando para não se quebrarem e se transformarem em migalhas.
A lagrima seca dos meus olhos escorria sempre que eu me lembrava do passado.
Eu acordei.
Acordei suando, pensando no suposto pesadelo. Pensei que se não abrisse os olhos adiantasse  mas não adiantou. 
A tentativa frágil de não ver o futuro que até de olhos fechados eu podia ver.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Em algum momento, nós somos felizes.

Quando descobrimos o amor, parece ser um vicio ser feliz no outro dia. A solidão passa a ser uma eterna desconhecida, e o amor preenche o espaço dominando todo dentro de mim. Só posso amar, amar e amar. Sem ter escolha. Sofrer é sobrenome de amor. E como de costume, vou sofrer no meu quarto. Em silencio. Para ninguém saber. Sozinha. Enrolada nas cobertas, com o rosto tapado e os olhos fechados. Chorando ao imaginar os momentos perfeitos, e o quanto demorarão a acontecer. Chorando pela inveja que jogam sobre nós dois. E pela fogueira que estou condenada por esse amor. E todo esse sofrimento é só por causa da distancia, e da saudade. 
Mas eu prefiro amar loucamente. Do que morrer sozinha. E é isso eu vou fazer. Enfrentar desafios? É claro que eu vou.  Mas vou amar. E nada me deixa mais feliz do que amar.
E não é amar qualquer um.
É amar ele.


- Esse texto é dedicado pra ele <3

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Saudade, porra.

Nosso pensamento nos liga a cada segundo. Nossas mentes viajam em mundos tão distantes, que nem imaginamos que estamos pertos o suficiente para nos ver. Enquanto um está em um mundo no meio de músicas, festas e bebida. O outro está sentado na beira do mar, com o vento que traz lembranças dos momentos que passamos juntos, olhando o mar, e sentindo a água salgada nos meus pés, vendo aquele rosto tão perfeito e luminoso no reflexo das águas. Toda noite, antes de dormir, deitada na cama fico pensando em como seria se ele estivesse comigo. O quanto perfeito seria se tivesse ele ali do meu lado no exato momento. Fico inventando histórias, vendo fantasias e idealizando momentos. Mas, não podemos. Não é uma escolha nossa. Não que eu queira estar aqui, sozinha de frente pro mar, só pensando nele.
  É como Romeu e Julieta. Um amor condenado. Um amor impossível, um amor proibido. Um depende da vida do outro. Quando um morrer? O outro também morrerá. É um amor tão condenado, que me leva a fogueira em meus sonhos. Mas pra que tanta inveja? Pra que tanto ódio? As pessoas foram feitas para amar, não para odiar. Mas ninguém entende isso. 
As pessoas fazem guerra procurando paz

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Tempo perdido

De que adianta ser jovem, ser lindo e gostoso, se não temos ninguém para nos amar de verdade? De que adianta ter tudo e ao mesmo tempo não ter nada?
Não podemos gostar de quem não gosta da gente, mas o que se fazer quando isso é inevitável? O que fazer quando amamos a pessoa errada?
Eu amo, sim, amo a pessoa errada, aquela que mal me olha, aquela que mal quer falar comigo, aquela que me faz de idiota. E o pior? É eu ama-la e aceitar o fato dela me usar. De me querer só quando está carente.
Meu amor por ela aumenta cada vez mais, não sei mais o que fazer, ela me dominou por completo, e eu não tenho mais controle sobre isso. Quando estamos longe, eu penso nela a cada segundo, quando estamos perto, procuro cuidar dela com maiores cuidados, e aproveitar cada segundo.
Eu me odeio profundamente por não conseguir dizer pra ela que não quero mais ser idiota, que eu tenho a minha vida, e que quero vive-la. Mas me odeio mais ainda, por querer ser o idiota dela, por querer ter minha vida com ela, e por querer viver cada segundo com ela.
Perco cada vez mais meu tempo nisso, não tem mais solução, o que resta a fazer é esperar esse amor passar - se um dia passar - e aproveitar cada passo idiota meu.

- Texto dedicado para Gabriel Vargas.

Ilusão? UMA GRANDE MERDA.

A arma estava em suas mãos novamente, e estava apontada para mim. Seus olhos ardiam em fúria depois do que eu disse, eu ouvi o barulho dele puxando o gatilho, mas ainda não tinha largado. E antes que largasse repetiu mais uma vez a frase 

- MEU NOME É ZYLIO, E NÃO GULHERME! 
Agora sim ele tinha largado o gatilho, consegui ouvir também o barulho da bala saindo de dentro da arma. E antes que a bala penetrasse em meu coração ouvi outras vozes
-Não cara! O que foi que você fez?! Senti a dor da bala cortando meu peito, e atravessando minhas veias, ate chegar ao coração.
Ouvi também meu grito assustador, que arranhou minha garganta ao sair.

Coloquei a mão na pulseira e no colar, e olhei para o lado, á procura da voz doce que vinha. Olhei á procura do anjo que soprava as frases em meu ouvido.
-Vai ficar tudo bem. Eu cuidarei de você. Te amo Clara.
E agora eu estava realmente feliz, pois agora ficaria do lado dele; e dessa vez:

                               Para sempre
- trecho do livro: Doce Mistério - também escrito por mim. 

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Dá pra ser feliz ?

Ninguém nunca aceitou o fato de eu poder ama-lo, ninguém nunca apoiou o nosso amor. Ninguém quis nos ver juntos. Não tinha como aguentar, não tinha como aceitar. Nosso amor era mais forte que qualquer coisa. Eu mataria por ele, do mesmo jeito que ele morreria por mim. Nos víamos raramente, e a cada passo que dávamos um longe do outro, o amor ficava mais forte, aquela coisa de ser proibido, de ser forte, e escondido, deixava-ma empolgada, com adrenalina. Sair todos as noites, escondidos, de baixo de panos pretos. Seu sorriso é o mais puro e tranquilo, seu olhar é mais brilhante que as estrelas. O som de sua voz é algo anestesiante. Seu cheiro então.... Posso me perder em pensamentos só de estar ao seu lado.
Faz 3 anos que estamos juntos, e saímos as escondidas. Não aguentávamos mais isso.  O que fazer? Fugir.
Era de noite, eu estava pronta, com minhas malas escondidas de baixo da cama, enrolada nos lençóis para ninguém me ver. Meu coração batia enlouquecidamente, mas estava preparada pra isso.
Era onze horas da noite, quando ouvi estouros na minha janela, fui ver, e era ele. Peguei minha pequena mala, e desci as escadas o mais silenciosa possível, destranquei a porta com cuidado, e me virei para dar adeus aquela casa. Uma lágrima queria sair de um dos meus olhos, mas eu a segurei, não era merecido pra um lugar aonde ninguém quer me ver feliz. Saí e fechei a porta sem dúvidas nenhuma. Quando o vi, seu rosto estava mais brilhante que o normal, e seus olhos reluziam e seu sorriso era o maior do mundo. O abracei com força e corremos. Pra onde? Não lembro. Só sei que corremos até nossas pernas clamarem por piedade.
Hoje? Hoje estamos a a 4 anos em uma praia. Qual ? Também não sei. Mas estamos juntos, passamos os dias mais tranquilos do mundo. Deixei minha vida pra trás, joguei fora tudo o que tinha conquistado para ficar com ele, e tudo me da mais prazer. Não sinto falta de ninguém, muito menos da minha família. Não sinto falta  de nada. Passo meus minutos abraçada nele, sentindo seu cheiro, ouvindo sua voz, e beijando sua boca.
Sentados de frente pro mar, olhamos as estrelas todos os dias, rimos como duas crianças, e fugimos quando vemos alguém. Mas somos felizes assim.
Encontrei minha felicidade de um jeito louco, e é de jeitos loucos que eu vivo.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Podia ser melhor.

25-11-1852
Completávamos nove meses de amizade naquele dia. E eu estava decidido a pedi-lá em namoro, estava certo que ela nunca recusaria. Afinal, eu era apaixonado. Eu a via nos meus sonhos. A imaginava 24h por dia. E nada nesse mundo me tiraria ela da cabeça.
Nos encontramos em uma praça. Ela veio com um vestido curto branco de seda leve, e os cabelos castanhos soltos. Eu estava sentado esperando que ela chegasse mais perto de mim, e ela veio, veio, veio e passou reto. Nem me viu! Meus olhos estavam enormes, e minha boca escancarada, meu coração batia? Não sei, não sentia.  Olhei para trás pra ver aonde ela tinha ido, e ela tinha ido sentar-se com um outro rapaz. Prefiro não fazer descrições de homens. Mas ela, como um anjo, e um jeito tão inocente no rosto, parecia nem se lembrar de mim. Eu levantei, fui até ela indignado. Parei na sua frente, mas ela nem me olhou. Continuou a falar com aquele homem sem me notar, chamei por seu nome, mas se fez de surda, gritei mais alto, mas nada que eu fizesse adiantaria. Corri em prantos para minha casa, aonde era o único lugar aonde eu me sentia bem. Atirei-me na cama e não chorei, não senti vontade, não estava magoado, estava com raiva. Fiquei aproximadamente umas 3 horas sentado na beira da cama, até decidir sair do quarto. Fui para as ruas me distrair, parei na frente de uma banca e olhei um jornal, chamei o vendedor mas ele não me escutou, chamei mais alto, mas ele só podia ser surdo. Irritado e com medo de me descontrolar, analisei o jornal só a capa mesmo, e vi que tinha algo diferente.
Era dia 27-11-1852. Não era dia 25. O jornal só podia estar adiantado. Mas eu nunca tinha visto um jornal adiantado. Fui pegar o jornal mesmo sem o vendedor me escutar e minhas mãos ultrapassaram ele. Ã? Sim, minhas mãos não pegaram o jornal, passaram por ele como se eu fosse um fantasma, voltei correndo pra casa e fui pra cozinha, em cima, tinha um jornal do dia 25. E bem grande na capa uma machete: ASSALTO EM PRAÇA PUBLICA MATA JOVEM. Mais embaixo, todos os detalhes, dois homens, uma faca, um jovem, um roubo, dois mortos. Um dos assaltantes, e o garoto. Meu nome estava destacado em negrito na manchete. E era impossível acreditar. Eu? Morto? Então como estava ali? Porque não tinha morrido de verdade? Porque nao estava no céu como todos dizem?

Um espírito só fica na Terra quando algo muito forte o prende.
E eu estava condenado pelo meu amor.
A viver com ela por todas as gerações.

- Texto a pedidos de Neemias Becker.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Paraíso.

É um lugar imenso, aonde podemos ver o horizonte, todo o chão é coberto por flores brancas,  as arvores estão em seu tempo de renovar, elas estão verdes e grandes. Sem nenhuma flor. O espaço é tão grande que milhares de pessoas cabem lá. Mas só entram as mais especiais. As que eu escolhi. Nesse bosque, o sol nunca nasce,  e também nunca morre. Ele fica á no fundo, fazendo todos os dias se tornarem um entardecer.  Borboletas só tem brancas. Animais? Nenhum. A não ser de pelúcia.Eu estou sentada em um banco, que fica de frente para o sol, posso ver todos daqui, é como se não tivesse fim, como se o meu paraíso fosse o infinito.Esse lugar é tão mágico, que nele me perco nos pensamentos, posso ficar horas aqui, sem dormir, sem comer, sem necessidades, que sempre vai estar tudo perfeito. É tão mágico, que posso trazer pra cá os que já se foram.
Aqui eu pretendo ficar, pra sempre, até ninguém mais existir, comigo vou levar tudo o que me faz bem e tudo o que eu já fiz alguém sofrer. Ninguém sentirá minha falta, pois ninguém vai dar conta dela.
Vou sumir.
Como pólvora no vento.
Serei jogada ao mar. Libertando-me de tudo. 
Esse, é o meu mundo.  Aonde só eu me encontro.
AONDE SÓ EU VIVO.

 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Uma felicidade sem sentido.

Com uma arma na mão direita, passei os dedos da mão esquerda naqueles cabelos castanhos. Tão leves, tão belos, brilhantes e sedosos. Aquela pele branca adormecida e gelada. Os olhos abertos, focando o teto cor verde-agua que combinavam com seus olhos. Um leve sorriso, transformava aquela face apavorada em um rosto angelical, a respiração alterada, e as lágrimas incontroláveis. Nenhuma palavra saia de sua boca. Ela não queria falar comigo, e era isso que me deixava com mais raiva, saber que ela não me queria, era por isso que estávamos ali. Ela tinha me deixado, não me amava mais. Mas como, se eu ainda a amava? Isso não podia acontecer. Eu não respondia mais pelos meus atos, eu não podia fazer nada, só eu podia te-la, mais ninguém. E já que eu não podia ter o que queria, era fato de que ninguém teria.
Passei novamente os dedos por seus cabelos, e ela se esquivou de mim. Puxei com mais raiva para perto do meu rosto, mas ela virou-se, para que seus lábios não encontrassem os meus. E foi quando tudo saiu de mim.
A arma ainda estava sob controle na minha mão, mas minha mente viajava em outro lugar desconhecido. Mirei sem piedade e atirei. Vi sua boca branca ficar vermelha em segundos, e suas mãos irem ao encontro do coração. A dor era algo extremamente visível, mas eu não me importava. Eu a matei.

E isso me fez feliz.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Alucinação.

É mais confortavel ficar sentada do que ficar em pé. Sentei. Ou melhor, me atirei no chão, mas sempre olhando para frente, a casa branca. Uma casa linda de dois andares, com uma única janela no segundo andar que tinha a direção para a rua. A janela que eu olhava, só para ela.
Conseguia ver ela acesa, através da escuridão. Conseguia ouvir sua voz através do silencio. Conseguia vê-lo, através do nada.
Já não falava mais, não tinha vontade, não queria respirar, era um desejo.

Hoje, estou em um quarto branco. Todo branco. O teto, as paredes, a cama, minha roupa, tudo, e, continuo sentada. Na beirada da minha cama branca. Olhando para frente, vendo a casa de dois andares.
Que nunca esteve lá.
Seria um sonho?