Só um amigo.

Eu não preciso de amores eu não preciso de beijos. Eu preciso de carinho, de palavras queridas.
Nada de amassos, de abraços com más intenções. Somente um colo quentinho.
Tem dias os amores não servem, que não são eles que vão nos satisfazer. E sim nossos amigos, aqueles queridos. Aqueles amigos em quem confiamos, contamos segredos inquestionáveis e não sabemos viver sem.
 Tem horas que quanto mais estamos longe estamos é quando imaginamos deitar no colo de um amigo(a), ver um filme e, ganhar um carinho. Não falar nada, só ficar ali quietinho.
E é nesse mesmo silêncio que os amigos contam segredos absurdos, trocam olhares desconfiáveis, dão risadas e se tornam mais amigos.
Não são palavras que tornam as pessoas melhores. E sim, o que essas pessoas conseguem dizer em silêncio umas para as outras que as tornam inesquecíveis.

Ninguém me respeita

-Ei, me escutem, estou mandando vocês não saírem! Aonde vocês pensam que estão indo? Quem lhes deu permissão de sair? Estou dizendo para que não saiam! Ei! Por favor, me escutem. Tenho algo importante a dizer... Porque vocês não me escutam? Porque não me respondem? Não entendem que eu não quero que ninguém veja vocês saindo? Ainda mais.. se alguém ver vocês saindo, a primeira coisa que vão dizer vai ser que foram pra ele, que foi por motivos dele, e por escolha minha.
Por favor, não saiam. Eu não quero fazer isso. Eu não quero passar por isso.
Por favor...
- TARDE DE MAIS- Elas gritaram enquanto escorriam pelo meu rosto.
É, nem minhas lágrimas me respeitam mais.

E se foi a última lembrança

No meu dedo eu tinha a marca de você em mim todos os dias. No polegar direito, estava o anel que tu me deu a anos atrás. Eu não tinha coragem, não tinha forças, não tinha vontade de me desfazer de algo que me trazia tantas lembranças, boas e ruins, alegres e tristes, de amor e de ódio e de você e de mim.
Tirar aquilo de mim, era  como tirar um pedaço do meu coração.
O pior, é que eu quero manter essas feridas em carne viva.
Mas chegou a hora  de desmanchar o nós em eu e você, de esquecer de vez as lembranças boas e transformar em rancor. De transformar meu amor por ti em algo repugnante.
E eu o joguei fora.
Atirei contra o vento para que junto dele se fossem nossas lembranças, nossas piadas, nossos sorrisos e nossas palavras.
Ele se foi. Agora deve estar no fundo do rio, afogado com minhas lágrimas, para que eu não tenha mais nem um suspiro por ti.
Para que eu não tenha nem que respirar o mesmo ar que você.

Entenda como quiser.

A: Odeio despedidas
B: Nem sempre elas são pra sempre.
A: O nosso é.
B: Porque?
A: Porque um adeus é eterno.
B: Eu não acredito em finais.
A: E eu não acredito em fantasias, muito menos em mentiras.

Desencantamento.

Ele: Adeus. Vou procurar em outro lugar.
Ela: Adeus porque? Vai procurar o que?
Ele: O que tu deixastes perdido pelo caminho.
Ela: O que eu perdi?
Ele: Nosso amor.

Só vê quem quer.

A: Aonde tu estavas?

B: Do seu lado o tempo todo.

A: Porque não te vi?

B: Porque tu não quis.

A: Eu sempre te quis aqui.

B: Mas eu nunca quis me mostrar pra ti. 

A cabeça foi feita acima do coração por uma razão;

Eu sento do seu lado todo dia, sinto seu cheiro todos os dias, pego na sua mão todos os dias, imagino você comigo todas as noites.
Se eu conseguisse entender o que eu realmente sinto por ti, se eu pudesse separar o trabalho do amor, eu tenho certeza de que seria tudo diferente. É tão difícil estar com uma pessoa e amar outra. Ou sei lá.
Se eu conseguisse resistir a esse cabelo sedoso, a esse sorriso encantador, as bochechas macias e avermelhadas, eu juro que não estaria aqui. Seu eu conseguisse te ver somente como amigo, eu juro que não estaria aqui. Mas eu passo dias ao teu lado, e como queres que eu não ame esse teu jeito meigo de ser?
Mas enquanto eu não assumo esse sentimento que me corrói por dentro, eu vou andar ao seu lado e te dar os melhores conselhos possíveis.
É, desculpa coração, mas por enquanto, quem manda aqui é minha razão.

Dedicado á uma pessoa que preferiu não ser identificada *

Superação

LEIA COM ATENÇÃO. ESSA HISTÓRIA É REAL. ACONTECEU NO DIA 5 DE MAIO DE 2011.

Era 19:00h da noite, quando eu e um amigo estávamos parados em frente a minha escola. Tínhamos que esperar meu irmão sair de uma apresentação para poder ir embora, e como um grande amigo ele me fez companhia até a hora de sair.
Eu estava com meu violão, mas ele que pegou. Na frente da escola, nós parecíamos dois retardados, ele tocava, e eu cantava. Fomos interrompidos no meio de uma música por um homem. De camisa preta, bermuda vermelha, chinelo, com os pés sujos, cheirando a cigarro, e com tatuagens. As palavras desse homem estranho foram exatamente essas:
- Cara, eu vou adiantar minha história pra ti. Eu não tenho família, não tenho pra onde ir, tô dormindo na rua, sou portador de vírus HIV, tô solto a cinco dias, fiquei um ano e cinco meses preso. Tô pedindo uma ajuda pra vocês, com qualquer coisa.
Meu primeiro pensamento foi: " MEU DEUS! VOU SER ASSALTADA!". Com as mãos trêmulas, peguei umas moedas que tinha dentro da mochila e dei a aquele homem. Foi então que pensei que iria perder meu violão.
- Tu pode me emprestar teu violão? - Disse ele. Nesse momento olhei para meu amigo que me olhou também, o homem viu nossa troca de olhares e completou a frase - Não se preocupa, eu não vou fugir com teu violão.
Então, meu amigo entregou o violão a aquele homem. Ele pegou o violão com firmeza e tocou o trecho de uma música que não me recordo agora. Ele tinha uma voz grave, ótima pro canto, tocou tão perfeitamente que não parecia um cara que tinha problemas.
Depois disso ele pegou as moedas, largou o violão, e foi embora.
Sabe o que me deixou espantada? O jeito daquele homem. Em menos de alguns minutos, ele tinha me contado um breve resumo da vida dele,  estava procurando ajuda, e foi embora.

Tem tanta gente por aí querendo se matar porque não pode ir a uma festa, ou porque perdeu um amor, e tanta gente lutando pra reconstruir uma vida inteira.