segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O tempo acaba no momento certo.

Na escuridão do meu quarto, escuto o andar dos ponteiros do meu relógio. O barulho produzido em um silêncio mórbido faz com que minha cabeça entre em pânico. Aquele som que durante o dia, parece tão inocente, a noite me atormenta.
O tic-tac de uma máquina programada pra nunca andar pra trás.
O tempo acabou, ela veio me buscar. Com seu manto preto, que cobre todo seu corpo, deixando apenas suas mãos ósseas descobertas.
Ela puxa-me com suavidade sobe seus braços estendidos. Deito-me ali, tão confortável, que poderia passar a eternidade.
"Tire-me daqui, leve-me para onde a felicidade é o governo, o amor o prefeito, a paz são os políticos, e a única corrupção seja a alegria em excesso.
Leve-me para viver na luz, leve-me para viver o amor.
Só ele pode me fazer feliz."
Disse eu, fechando os olhos e sentindo o coração parar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário